domingo, 7 de agosto de 2011
Entre a Chuva e a Distância
Tom: G
Em C Am B7 Em
Em Am7 D7 G C Am B7 Em
Em Ebº Em
Já fazem quase dois meses, que não saio da estância
Ebº Em
Talvez por isso essa ânsia, de rever a minha amada
Am Em C C#º B7
E esta chuva guasqueada, vem despertar minhas lembranças
E F#m7 G#m7 A7M G#m7
Me bate a nostalgia, a noite fica mais fria
A7M E F#m B7
Me invade a solidão, sinto a falta dos teus braços
A7M G#m F#m B7 E Bm7 E7
Agüentando os tironaços, do pulsar do coração
A7M G#m7
(Por isso quando, chove aqui na estância
F#m7 B7 Bm7 E7
A água molha a distância e a mágoa molha o meu rosto
A7M G#m7
E quando longe, daquela flor
F#m7 B7(A) Bm7 (B7) (E) E7
Até o vento pajador, compõe rimas de desgosto)
E F#m7 B7 E7 A7M G#m7 F#m7 B7 E7M Em
Em Ebº Em
O mate já está lavado, a chuva é gelo nos campos
Ebº Em
Dos galos não ouço cantos, são mais frias as madrugadas
Am Em C C#º B7
Distante da prenda amada rainha dos meus encantos
E F#m7 G#m7 A7M G#m7
E assim fico a pensar, se algum dia eu me casar
A7M G#m7 F#m B7
Com aquela linda flor quero lhe dar o meu carinho
A7M G#m F#m7 B7 E Bm7 E7
E fazer do meu ranchinho o nosso ninho de amor
( )
Da Alma Branca Dos Que Tem Saudade
Tom: F
Dm A7 Dm D7 Gm Dm A7 Dm
Dm Dm(7M) Dm7 Dm6 Dm(#5) Gm
Da alma branca dos que tem saudade brotam luzeiros pra clarear o dia
Gm/F Gm/E A7 Dm
E na madrugada junto a um fogo grande repontam a querência que estava vazia
Gm Gm/F Gm/E A7 Dm
E se repetem por saberem o rumo que a vida toma por andar vadia
Dm Dm(7M) Dm7 Dm6 Dm(#5) Gm
Nem mesmo o tempo por ter contratempos reconhece o sonho entre os temporais
Gm/F Gm/E A7 Dm
Que a alma inventa cada vez que a gente se perde de um jeito de não se achar mais
Gm Gm/F Gm/E A7 Dm
E se desespera por saber que a espera pode ser pequena ou não findar jamais
A7 Dm
(Cada vez que a alma por não ter morada acha novo ninho pra pousar as asas
A7 Dm
Uma outra alma oferece abrigo que a gente às vezes o transforma em casa
C Bb A7 Dm
E quando então uma saudade fica junto a um fogo grande pra soprar as brasas
C Bb A7 Dm
E quando então uma saudade fica junto a um fogo grande pra soprar as brasas)
Am7(b5) D7 Gm Dm Dm(7M) Dm7 Dm6 Dm(#5) E7 A7 Dm
Dm(7M) Dm7 Dm6 Dm(#5) Dm Gm
E a gente chora de chover por dentro por mais que essa dor nos siga as pegadas
Gm/F Gm/E A7 Dm
Nem mesmo que a chuva com suas nuvens negras apague seus rastros que marcaram a estrada
Gm Gm/F Gm/E A7 Dm
Daí então meu rumo possa ter destino de vencer distâncias e topar paradas
A7 Dm
E da alma branca dos que tem saudade o que a gente então pode perceber
A7 Dm
Que a luz dos olhos pode ser o brilho que vamos tentando em vão esconder
C Bb A7 Dm
Pois quem tem os olhos de olhar por dentro reconhece a alma por saber querer
( )Int.
Cordas de Espinho
Tom: D#
Cm G7 Cm G7 Fm Eb G7 Cm
Cm/Bb
Geada vestiu de noiva
Ab G7
Os galhos da pitangueira
Cm Cm/Bb
Ainda caso com Rosa
Ab G7
Caso ela queira ou não queira
C7
Pra domar o meu destino
Fm
Comprei um buçal de prata
Bb7
Nem um pesar me derruba
Eb G7
Qualquer paixão me arrebata
Cm Cm/Bb
Acordoei minha viola
Ab G7
Com seis cordas de espinho
Cm Cm/Bb
Meu canto tem cor de sangue
Ab G7
Teu beijo gosto de vinho
Ab Bb7
Fui aprender minha milonga
Eb
Nas águas claras da fonte
Ab7
E o canto do quero-quero
G7 Cm
Mais que um aviso é um aponte/
Int. / /
Eb7 Ab7
E o canto do quero-quero
G7 Cm Bis
Mais que um aviso é um aponte
Coplas Campeiras
Tom: G
Em B7 Em B7 Am G B7 Em Am Bbº B7 Em
Bbº B7 Em
Hoje o vento que vem lá cordilheira se topou com meu ponchito bichará
Am Bbº B7 Em Am Bbº B7 Em
Outro dia me pegou desprevenido até a alma empeçou a encarangar Bis
Bbº B7 Em
Resolvi sai bem cedo pra invernada porque o dia de inverno é meio curto
Am Bbº B7 Em Am D7 G
Neste meu tostado ruano frente aberta paciencioso vou pitando um bom de um fumo Bis
D7 Bm7(b5) E7 Am
Quando setembro vier já fiz meus planos vou me embora pra uma estância do outro lado
C G D7 G
Me disse o João mulato domador o paisano paga changa e é dobrado
C Bm7 E7 Am7 D7 G
Me disse o João mulato domador o paisano paga changa e é dobrado
Int. D7 Bm7(b5) E7 Am C G D7 G C Bm E7 Am D7 G Am B7 Em
Bbº B7 Em
Quero ver se troco os bastos já tão velho de tanto levar trompada de ventena
Am Bbº B7 Em Am Bbº B7 Em
E o piá que já precisa de colégio pra não sofrer a xucra pena de torena Bis
Bbº B7 Em
Vou cruzando aqui no passo ainda me lembro o que a doca amadrinhava uma bragada
Am Bbº B7 Em Am D7 G
Se casco a corcovear e eu dê-lhe boca e sai pisando orelha na rodada Bis
D7 Bm7(b5) E7 Am
Nestas coplas eu já fiz a recorrida troco o passo rumo ao rancho de posteiro
C G D7 G
Orelhar um truco bueno junto ao fogo sobra guapa do destino de campeiro
C Bm7 E7 Am7 D7 G F#m7(b5) B7 Em
Orelhar um truco bueno junto ao fogo sobra guapa do destino de campeiro
Bbº B7 C Em C6 Em6
Hoje o vento que vem lá cordilheira se topou com meu ponchito bichará
Arranchado
Tom: C
Am E7
Nessa colméia povoeira
Am
onde fiz arranchamento
F E7
amarro fletes de sonhos
Am
nos palanques de cimento
Gm A7 Dm
vou bebendo nostalgias
G7 C
de sangua, pitanga e vento
Am E7
/sesmarias de saudade
Am
não cabem num apartamento/
E7
quando a lua se debruça
Am
no arranha-céu dos viveiros
F E7
onde arranchei minha alma
Am
no meu exílio povoeiro
A7 Dm
/coiceia dentro do peito
G7 C
um coração caborteiro
Am Dm
me sinto um pássaro preso
E7 Am
na angústia de um cativeiro/
G
um luzeiro imaginário
C
na quincha de um céu nublado
Am E7
vai apartando o rebanho
Am
de fumaça nos telhados
A7 Dm
/e uma saudade de noivo
G7 C Am E7 Am
de campo e berro de gado
E7
vou embora pra querência
Am
pra me arranchar no meu chão
E7
amanhã eu ponho anúncio
Am
nos grandes classificados
A7 Dm
/vende-se um apartamento
G7 C
no coração da cidade
Am Dm
a preço de ocasião
E7 Am
por motivo de saudade
A Boa Vista do Peão de Tropa
Tom: C
Intro: Am B7 E7 Am G7 C B7 E7 Am E7
Am E7
Nos Rincões da minha querência, arrabaleira conforme a vontade
Am
Me serve um mate, pampa minha, nesta vidinha que me destes
E7
Antes que empeste a novilhada, prá o mundo alheio das porteiras
Am A7
Saúdo a poeira dessas crinas, que me arrocinam sujeitando
Dm G7 C Am
E da garupa do cavalo, faço um regalo a ventania
Bm7(b5) E7 Am A7
Que na poesia destas léguas, tomo por rédeas e conselhos
Dm G7 C Am
Chamo no freio a coisa braba, o tempo é feio, mas que importa
Bm7(b5) E7 Am Dm
Quando se engorda na invernada, não falta nada prá quem baba
E7 Am G
De focinho levantado e mais curioso
F E7 Am
(A fim de ir, a estância do passo, na direção de casa, costeando o arvoredo
E7 Am A7
O meu desespero porfia co'a tropa fazendo o que gosta, ao sul de mim mesmo
Dm G7 C Am
E todo o bem que havia, maneado ao destino divide caminho com a rês que amadrinha
Bm7(b5) E7 Am
O rio que eu não via, mimando de sede, a minha saudade)
Int. E7 Am E7 Am A7 Dm G7 C Am Bm7(b5) E7 Am
E7
Na revisão dos meus afazeres, rememorados conforme a manada
Am
Vou ressabiando afeito a fadiga, nas horas mingas de sossego
E7
Talvez melhore durante a sesteada, sou de onde mais me agrada a campanha
Am A7
Tamanha a alma de horizontes, ali defronte os cinamomos
Dm G7 C Am
Já não habita a teimosia, atropelando o meu rodeio
Bm7(b5) E7 Am A7
Quando me agüento no forcejo, pra erguer no laço os caídos
Dm G7 C Am
Não me lastimo, nem receio, vou pelo meio do sinuelo
Bm7(b5) E7 Am Dm
Tocando manso os mais ariscos, só pelo vício de por quartos
E7 Am G
Cuidar do gado, rondando o baio, que amanuceio
( )
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