F#m Bm
Uma lágrima encheu os rios da face
E C#7 F#m
Do bisavô, ao visitar o seu passado
Bm
Entre lembranças dissipadas pelo tempo
E C#7 F#m
Iguais retratos que envelhecem, desbotados
Bm
E na cacimba de água clara das retinas
F#m
Se refletiu aquele tempo que se foi
E
Do povo índio defendendo a sua terra
D C#7 F#m E
Até os tropeiros das canções do êra boi
A
Falou de escravos derramando suor e sangue
C#7
Cercas, mangueiras, levantando em pedras mouras
D
De mãos rurais antes de lanças e garruchas
C#7 F#m E
Pelos galpões, firmando o pulso nas tesouras
A
Cordas sovadas pelas mãos de homens campeiros
C#7
Cimbrando golpes no sustento dos rituais
D
As nazarenas nos garrões dos domadores
C#7 F#m E
E as boleadeiras em mundéus para os baguais
A
E através do espelho da alma pude ver
C#7
Que o ancestral e o campo sentem a mesma dor
D
Feito uma tropa que se vai, gastando léguas
C#7 F#m
Sem nem saber o que há no fim do corredor
Introduçao: A C#7 D C#7 F#m
F#m Bm
Mirando largo o horizonte dos meus olhos
E C#7 F#m
Sentiu o campo, maltratado em sua essência
Bm
Falsos herdeiros reclamando a velha terra
E C#7 F#m
Sem nem notícias das origens ou querência
Bm
E viu que os homens continuam sendo escravos
F#m
Que há fios de arame no lugar de pedras mouras
E
Que mãos ociosas erguem foices e bandeiras
D C#7 F#m E
Enquanto isso, enferrujam-se as tesouras
A
Viu os arreios encilhando cavaletes
C#7
Sovéus e laços sem espaço pra os pealos
D
Que, sem garrões, as nazarenas silenciaram
C#7 F#m E
E as boleadeiras se esqueceram dos cavalos
A
E, através do espelho d'alma, pode ver
C#7
Que a tropa anda e mais comprido é o corredor
D
E que o campo, embora guapo, se ressente
C#7 F#m
E, sem querer, segue sofrendo a mesma dor
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Tropa de Osso
Tropa de Osso
Intro: Em B7 Am G B7 Em
Eº
De vez em quando no horizonte do passado
B7/D# Em
Surge uma nuvem de lembranças andarilhas
Vai repontando para dentro do meu peito
B7 Em
A minha infância com seus ossos em tropilhas
E7 Am
Tinha mangueira, companheiro, bem cuidado
D7 G B7
Tinha piquetes e um campo onde invernava
Em F#7
A minha tropa era de puro pedigri
B7 E
Toda de ossos descarnados que campeava
F#m
(Gado de osso, que foi parte do meu mundo
B7 E
Carro de lomba e trator de corticeira
F#m
Com meu bodoque e um banho no açude
B7 E (Em) Bis
Foram da infância, minha vida verdadeira)
Eº
Tropa de osso, quem não teve quando piá
B7/D# Em
Ou não foi piá ou não viveu como nós outros
Como era lindo a gurizada se entretendo
B7 Em
Com os ossitos que eram bois, ovelhas, potros
E7 Am
Noutras andanças topa as vezes nos meus sonhos
D7 G B7
Por um estreito corredor feito esperança
Em F#7
Algumas vezes sou tropeiro, outras sou tropa
B7 E
Mas sempre guardo os bois de osso na lembrança/
Vidro nos Olhos
Intro: Am E7 Am
Am E7 Am G7
(Me quebrou o vidro dos olhos me fez chorar me fez chorar
C B7 Bm7(b5) E7 Am
Quem o vidro dos meus olhos vai agora remendar)
Dm7 C#7(#11) C Gm7 C7 F
Meu pranto ao sol veraneiro se fez chuva e retornou
Bm7(b5) E7 Am G F E7 Dm C E7 Am
Para molhar-te o cabelo cabresto que me dobrou
( )Int.( )
Dm7 C#7(#11) C Gm7 C7 F
Bem querido bem perdido no meu destino de macho
Bm7(b5) E7 Am G F E7 Dm C E7 Am
Campeio o bem que me veio já nem o rastro lhe acho
Dm7 C#7(#11) C Gm7 C7 F
Quem disse que homem não chora a si próprio não entende
Bm7(b5) E7 Am G F E7 Dm C E7 Am
Quem teve os olhos quebrados não acha que os remende
Dm7 C#7(#11) C Gm7 C7 F
Tive tudo e não tenho nada do teu amor que perdi
Bm7(b5) E7 Am G F E7 Dm C E7 Am
Quem quebra o vidro dos olhos abre cacimbas em si
Romance da Tafona
Intro: C G7 C
C E7
(Maria, florão de negra
Am
Pacácio o negro na flor
C G7
Se negacearam por meses
C
Para uma noite de amor)
E7 Am G7 C
Na tafona abandonada que apodreceu arrodeando
G7 C
Pacácio serviu a cama e esperou chimarreando
C7 F Ebº C
Do pelego fez colchão do lombilho, travesseiro
G7 C
Da badana fez lençol fez estufa do braseiro
G7
A tarde morreu com chuva
E7 Am
Mais garoa que aguaceiro
F F#º C
Maria surgiu na sombra
G7 C
Cheia de um medo faceiro
E7
[A negra de amor queimava
Am
Tal qual o negro na espera
C G7
Incendiaram de amor
C
A atafona, antes tapera]
E7 Am G7 C
A noite cuspiu um raio que correu pelo aramado
G7 C
Queimando trama e palanque na hora desse noivado
C7 F Ebº C
E o braço forte do negro entre rude e delicado
G7 C
Protegeu negra Maria do susto desse mandado
Pedro Canoero
(intro) Gm A7 D7 Gm
Cm F7
Pedro canoero, todo tu tiempo se há ido
Bb Eb
Sobre já vieja canoa
Cm C#° D7
Lentamente, te lo fue llevando el rio
Gm Cm F7
Pedro canoero ya no hás vuelto por la costa
Bb Eb
Te quedaste em la canoa
Cm C#° D7 Gm
Como un duende sin edad y sin memoria
Cm
(Pedro canoero que mecia el agua
F7 Bb
Lejos de la costa quando te dormia
Eb Cm (bis)
Pedro canoero corazon de arcilla
D7 Gm
Sobre la canoa se tu fue la vida)
(intro)
Cm F7
Pedro canoero la esperanza se te iva
Bb Eb
Sobre el agua amanecida
Cm C#° D7
Tu esperanza, pedro al fin no tuvo orillas
( )
Gm A7
Pedro pedro pedro pedro pedro pedro
Ab Gm
Sobre la canoa
Gm A7
Pedro pedro pedro pedro pedro pedro
Ab Gm
Se tu fue la vida
Peão do Meu Bagé
Intro: E B F#7 B (Em D F#7 B)
F#7
Cabeça de égua, pescoço invertido, paleta parada
B
Lombo de cacimba e anca descarnada que baita botada deram no patrão
F#7
Olhando de frente falta quase tudo olhando de trás parece um burrichó
E F#7 B
Isso é um caranguejo e pensam que é um cuiudo zóio de mutuca, goela de socó
F#7
Não alcança um boi, não pecha uma galinha não cincha uma lebra
B
Cuiudinho quebra da boca de grota bicho que da doma não tem nem notícia
F#7
Inda é cabuloso e quando arrasta o toso vem buscando a volta pra pisar o paisano
E F#7 B
Pobre da peonada que daqui a alguns anos vai ter que encilhar os filhos dessa imundícia
F#7 E B
(Ai, ai, não sou malvado, mas pra esse infame cobiço um pealo
F#7 B bis
Uma faca nas bolas, botar na carroça e vender pro salame
[INTRO]
F#7
Eu conheço muito estancieiro tronqueira velho mão de vaca
B
Com uma cruzeira dentro da guaiaca mas este arataca é de se respeitar
F#7
Com tanta cabanha criando crioulo e levando pra Esteio uns cuiudos de estouro
E F#7 B
Em vez de abrir o bolso no freio de ouro foi comprar este sorro, pra economizar
F#7
Quando o cuiudinho saiu tropicando junto co'a manada
B
Estragando tudo aquela rica eguada me tapei de nojo e vou dizer porquê:
F#7
A vida tá braba mas vai se levando só não se admite um peão do meu bagé
E B F#7 B
Encilhar um cavalo, quebrar bem o cacho se mandar pro campo e voltar de a pé
Na Chama do Chamamé
D A7
Na chama desse chamamé
D
Minh'alma de costeiro vai
A7
Buscando par batendo pé
D
De vez em quando um sapucai)
D Am D7 G
Nas bailantas tu me ve porque a noite me atra
A D
Me chamam de chamamé hermano do sapucai
( Am D7 G)
Queimo a alma neste fogo neste jogo pecador
(Bb Abº G F#m Em D)
Tenho o braço meio bobo no chamamé e no amor
D A7 D
E quando danço sapateio me floreio e bato o pé
A7 D
E baixo o santo pelos cantos que no bule tem café
D (Am D7 G)
A cordeona é uma dama que nem homem é de fé
A7 D
Que quando toca me chama na chama do chamamé
Am D7 G
Desde da copa do chapéu até o dedão do pé
(Bb Abº G F#m Em D)
Me sinto dono do céu quando estou num chamamé
D A7 D
E quando danço sapateio me floreio e bato o pé
D A7 D
E baixo o santo pelos cantos que no bule tem café
Montado na Saudade
Tom: E
Intro: E B7 E
E B7
Eu já nasci de a cavalo seu moço, naquele mundo
A E
Que só existe na história dos velhos, fundão de fundo
E7 A
De lá que eu trago este causo, seu moço, porque é verdade
Ebº E B7 Am E
Que vez por outra me pego montado nesta saudade
B7
Era no tempo das tropas de maio, cada boiada
A E
Que se apartava da flor dos rodeios das invernadas
E7 A
Daquela feita nós vinha no rumo duma charqueada
Ebº E B7 Am E
Com uma ponta de bois e turunos de aspa virada
B7
Naquele tempo a valença dum homem era seu braço
A E
Sua tropilha, seu par de cachorros, seu poncho e laço
E7 A
Eu era um taura de boa coragem e respeitado
E B7 Am E
Por bom de corda, mas, principalmente, por bem montado
[INTRO]
B7
Tinha um tostado que nessas fronteiras, era afamado
A E
Não teve boi que pisasse na frente, do meu tostado
E7 A
Quem é da lida conhece o valor que se dá prum pingo
Ebº E B7 Am E
Naquela vida quem tinha um cavalo tinha um amigo
B7
Mas como eu vinha contando seu moço, tinha chovido
A E
Quando chegamos no passo do arroio, tava crescido
E7 A
Toda a prudência mandava esperar pela vazante
Ebº E B7 Am E
E o capataz decidiu que a jornada seguisse adiante
B7
Então mandou que eu largasse na frente, puxando a ponta
A E
E eu atraquei meu tostado na enchente sem fazer conta
E7 A
Os culatreiros apertaram a tropa contra a barranca
E B7 Am C#m
E o gadario se atirou na crescente, batendo guampa
D#m7(b5)
É nessa hora de cada vivente, que a vida ensina
G#7 C#m
Que a morte mora mais perto da gente que se imagina
C#7 F#m
Um boi salino alçou alcançou meu cavalo e meteu a aspa
E G#7 C#m
Entre a bombacha e a aba do basto, e me atirou n'água
D#m7(b5)
O meu tostado nadou mais um pouco, e sentiu minha falta
G#7 C#m
Deu meia volta à procura do dono, cortando água
C#7 F#m
Peguei na cola do pingo e nos fomos corrente abaixo
E B7 Am E
Até que o rio nos atirou campo fora, num despraiado
B7
Aqueles tempos se foram, seu moço, tudo é passado
A E
Levaram junto as tropilhas e as tropas, e o meu tostado
E7 A
Por isso os olhos molhados, seu moço, porque é verdade
Ebº E B7 Am E
Que vez por outra me pego montado nesta saudade
Como tirar musica de ouvido
Acordes e campo harmônico
acorde tonal Relativo menor
C - Dm - Em - F - G ---Am--- B°
Db- Ebm - Fm - Gb - Ab ---Bbm---C°
D - Em - F#m - G - A ---Bm----C#°
Eb - Fm - Gm - Ab - Bb ---Cm--- D°
E - F#m - G#m - A - B ---C#m--D#°
F - Gm - Am - Bb - C ---Dm---E°
F# - G#m - A#m - B - C# ---D#m--- E#°
G - Am - Bm - C - D ---Em--- F#°
Ab - Bbm - Cm - Bb - Eb ---Fm---G°
A - Bm - C#m - D - E ---F#m--- G#°
Bb - Cm - Dm - Eb - F ---Gm--- A°
B - C#m - D#m - E - F# ---G#m---A#°
acorde tonal Relativo menor
C - Dm - Em - F - G ---Am--- B°
Db- Ebm - Fm - Gb - Ab ---Bbm---C°
D - Em - F#m - G - A ---Bm----C#°
Eb - Fm - Gm - Ab - Bb ---Cm--- D°
E - F#m - G#m - A - B ---C#m--D#°
F - Gm - Am - Bb - C ---Dm---E°
F# - G#m - A#m - B - C# ---D#m--- E#°
G - Am - Bm - C - D ---Em--- F#°
Ab - Bbm - Cm - Bb - Eb ---Fm---G°
A - Bm - C#m - D - E ---F#m--- G#°
Bb - Cm - Dm - Eb - F ---Gm--- A°
B - C#m - D#m - E - F# ---G#m---A#°
Merceditas
Tom: G
Introdução - Em B7 Em [B7 Am G B7]* Em
( Em )
E7 Am D7 G
Que dulce encanto tienen tus recuerdos merceditas
C Am B7 Em
Aromada, florecita amor mio de una vez
E7 Am D7 G
La conoci en el campo allá muy lejos una tarde
C Am B7 Em
Donde crecen los trigales província de Santa Fé
Em B7 Em
(Y así nacío nuestro querer con ilusión, con mucha fé
B7 Am G B7 Em
Pero no sé porque la flor se marchitó y morriendo fué
Em B7 Em
Y amandola con loco amor así llegué a comprender
B7 Am G B7 Em
Lo que es querer, lo que es sufrir porque le di mi corazón)
( Em )
E7 Am D7 G
Como una queja errante en la campiña vá flotando
C Am B7 Em
El eco vago de este canto recordando aquel amor
Em Am D7 G
Pero apesar del tiempo transcurrido es Mercedita
C Am B7 Em
La leyenda que hoy palpita en mi nostalgica canción
Em B7 Em
(Y así nacío nuestro querer con ilusión, con mucha fé
B7 Am G B7 Em
Pero no sé porque la flor se marchitó y morriendo fué
Em B7 Em
Y amandola con loco amor así llegué a comprender
B7 Am G B7 Em
Lo que es querer, lo que es sufrir porque le di mi corazón)
Me Hijo Me Ha Pedido Un Chamamé
Tom: C
Intro: G9
G Cm G
Me hijo me há pedido un chamamé
G D/F# Em Bbº D7
Y yo quise saber porque razon
Cm F7 Bb
Un niño con apenas nueve años
A7 D7
Ya suelle hacerse duende de cancion
G Cm G
(Me hijo me há pedido un chamamé
G D/F# Em Bbº D7
Y dijo que le gusta un sapukay
C D7 Bm Bm7(b5) E7
Y sufre quando escucha un acordeon
Am Cm G
Porque su corazon quiere volar
Bbº D7 G
Fijate hijo el chamamé no és solamente una cancion
D7 G Am7 G/B
Es una luz que alumbra noches em tu corazon
Bbº D7 G Dm7
Viene del pueblo vive em el rio brilla em la luna de los tapé
G7 C D7 G
Gracias a diós... Hijo hay chamamé)
Int. Am7 D7 G Em Am7 D7 G Am Bm Bbº Am7 D7 Dm7 G7 C D7 G
Cm G
El chamamé nació y tiene sonido
G D/F# Em Bbº D7
En cada rancho de my taragui
Cm F7 Bb
Espírito que habita los sonidos
A7 D7
Perdidos de la tribo guarany
Caçapavana
Tom: C
Intro: C G7 C F C G7 C
C G7
Esse meu jeito de fronteiriço, foi o serviço que deu prá mim
Dm Dm/C G7/B F G7 C
Jeito de taura que foi tropeiro naqueles cerros lá donde eu vim
E7/B Am Em7(b5) A7 Dm
A minha alma de sombra larga rincão de tala e flor de alecrim
F C G7 C
Herdei das tardes de porcelana nas ressolanas do mês de abril Bis
G7 Am
(Quando a tristeza fez silhueta dei mais gambetas que um graxaim
G7 F C
Mas a saudade me deu um pealo e parou o cavalo prá ver cair
G7 Am
E a emoção de campeiro rude enquanto pude guardei prá mim
G7 C
Botei prá fora naquela hora que te perdi
G7 C G7 F C C7
Morena linda, caçapavana, diz que me ama e volta prá mim
F C
Adoça o mel desta lichiguana que eu largo a fama de camoatim
G7 C
Morena linda caçapavana diz que me ama e volta prá mim)
[INTRO]
G7
Eu sou mestiço de campo e mato de carrapato e guamirim
Dm Dm/C F G7 C
Trago na pele o que a japecanga de cada sanga escreveu em mim
E7/B Am Em7(b5) A7 Dm
Sou um dos tantos que num matungo virava mundo prá ser feliz
F C G7 C
Que o cabresto de uma morena levou sem penas prá donde quis Bis
[INTRO]
Baile de Fronteira
D A7 D
A7
É num baile de fronteira que a gente pode aprender
D
Esse balanço safado de se dançar chamamé
E A7
Tem que ter manha no corpo pra sapatear tem que ter
D Eb E
Tranco de sapo baleado e jeitão de jaguaretê
E B7
Tudo começou em corrientes num baile veja você
E
Também se orelhava um truco que é um modo de se entreter
F# B7
Um ás que sobrou na mesa bastou pra coisa ferver
E
A cachaça brasileira alguma culpa há de ter
Fº F#m7
Se foi tiro ou cimbronaço, pago pra ver
B7 E
Deixa que venha no braço pra se entender
E7 A
Se o facão marca o compasso deixa correr
B7 E
Enquanto sobrar um pedaço vamo metê
Int.
B7
O gaiteiro era buerana não deixou o baile morrer
B7 E
Parou um valseado de seco e sapecou um chamamé
F# B7
Ficou só um casal dançando gritando oiga-le-tê
E F F#
Que por quatro ou cinco tiros não vamos se aborrecer
F# C#7
Dançar na ponta da adaga não é tomar tererê
F#
Tem que cordear pros dois lados fazendo o poncho esconder
G# C#7
Daí surgiu esse tranco que foi até o amanhecer
F#
Quanto mais corria bala melhor ficava pra ver
Gº G#m7
Se foi tiro ou cimbronaço, pago pra ver
C#7 F#
Deixa que venha no braço pra se entender
F#7 B
Se o facão marca o compasso deixa correr
C#7 F#
Enquanto sobrar um pedaço vamo metê
F#7 B C#7 F#
A Copla de Assoviar Solito
Intro: A E7 A
E7 A
Meu pai um dia me fazia moço e me levando para camperear
A/C# Cº E7 Ab A
Assoviava qualquer coisa doce como se fosse de luz de luar
E7 A
Aquela copla que não era um hino e era simples e era só sua
A/C# Cº E7 A
Ia amansando nossa vida adulta ia amansando duas almas puras
(A copla terna que meu pai trazia
E7
Não transcendia para alguém mais eu
Bm7
Era a essência do lugar da arte
E7 A
Ensimesmado no seu próprio ser
Não se achegava ao de redor do fogo
C#7 F#m
Nem vinha junto pro galpão da estância
G A7 D
Era parceira apenas campo afora
A E7 A
Só sem querer me acalentava a infância)
[INTRO]
E7 A
Hoje a lo largo na cidade grande quando vagueio a procurar por mim
A/C# Cº E7 Ab A
Me dou de conta assoviando a esmo e me interrompo sem chegar ao fim
E7 A
A minha copla de assoviar solito tropeando ruas numa relembrança
A/C# Cº E7 A
É aquela mesma que meu pai trazia que estranhamente me deixou de herança
Segredos do Meu Cambicho
Compositor: Jose Athanasio Borges e Doroteo Fagundes
Tom: G
(milonga- começa dedilhada)
Am
Num fim de tarde de qualquer Domingo
Em
Encilho o pingo e saio faceiro
F#7
arrastar asas pra china Rita
B7 Em
Filha bonita do bolicheiro
Am
Levo a cordeona sempre na garupa
Em
E já num upa sigo pra o bolicho
F#7
Meu pingo baio marcha com aprumo
B7
Pois sabe o rumo deste meu cambicho.
(aqui começa a batida mesmo)
G
Peço uma pura pra aquecer os dedos
B7
E os meus segredos escapam da garganta
Am
A noite escura no olhar da china
B7 Em
De relancina vem buscar quem canta.
B7
Como faz bem à alma do gaudério
Em
Esse mistério do olhar da amada
Am
A gaita entende esses olhares mudos
B7 Em
Que dizem tudo sem falarem nada
D7
E quando eu volto pra os meus pelegos
G
Desassossegos trago por parceiro
F#7
Um dia caso com a china Rita
B7 Em
Filha bonita desse bolicheiro
B7
Como faz bem à alma do gaudério
Em
Esse mistério do olhar da amada
Am
A gaita entende esses olhares mudos
B7 Em
Que dizem tudo sem falarem nada
Sabe moço
Intro: Dm A7 Dm
Sabe moço que no meio do alvoroço
A7
Tive um lenço no pescoço que foi bandeira pra mim
E andei mil peleias em lutas brutas e feias
Dm Gm F A7 Dm
Desde o começo até o fim
Sabe moço depois das revoluções
A7
Vi esbanjarem brasões prá caudilhos coronéis
Gm
Vi cintilarem anéis assinatura em papéis
A7 Dm A7
Honrarias para heróis
D
É duro moço olhar agora prá história
A7
E ver páginas de glórias e retratos de imortais
G Em
Sabe moço fui guerreiro como tantos
A7
Que andaram nos quatro cantos
D D7
Sempre seguindo um clarim
G
E o que restou, ah sim
D
No peito em vez de medalhas
A7
Cicatrizes de batalhas
Dm A7
Foi o que sobrou prá mim
Int.
G
Ah sim
D
No peito em vez de medalhas
A7
Cicatrizes de batalhas
D G D
Foi o que sobrou prá mim
Não Podemos Se Entregar Pros "Home"
Cm G7 Cm Bb7
O gaúcho desde piá vai aprendendo
Eb Ab Eb Eb7
A ser valente não ter medo ter coragem
Ab C7 Fm
Em manotaços dos tempos e em bochinchos
G7 C
Retempera e moldura a sua imagem
G7
(Não podemos se entregar pros home
C
Mas de jeito nenhum amigo e companheiro
G7 (bis)
Não tá morto quem luta e quem peleia
C ( Cm G7 Cm )
Pois lutar é a marca do campeiro)
Cm G7 Cm Bb7
Com lança cavalo e no peitaço
Eb Ab Eb Eb7
Foi implantada a fronteira deste chão
Ab C7 Fm
Toscas cruzes solitárias nas coxilhas
G7 Cm G7
A relembrar a valentia de tanto irmão
Cm G7 Cm Bb7
E apesar dos bons cavalos e dos arreios
Eb Ab Eb Eb7
De façanhas garruchas carreiradas
Ab C7 Fm
E a lo largo o tempo foi passando
G7 C
Plantando novo rumo em suas pousadas
G7
(Não podemos se entregar pros home
C
Mas de jeito nenhum amigo e companheiro
G7 (bis)
Não tá morto quem luta e quem peleia
C ( Cm G7 Cm )
Pois lutar é a marca do campeiro)
Cm G7 Cm Bb7
Vieram cercas porteiras aramados
Eb Ab Eb Eb7
Veio o trator com seu ronco matraqueiro
Ab C7 Fm
E no tranco sem fim da evolução
G7 Cm G7
Transformou a paisagem dos potreiros
Cm G7 Cm Bb7
E ao contemplar o agora dos seus campos
Eb Ab Eb Eb7
O lugar onde seu porte ainda fulgura
Ab C7 Fm
O velho taura da de rédeas no seu eu
G7 C
E esporeia o futuro com bravura
G7
(Não podemos se entregar pros home
C
Mas de jeito nenhum amigo e companheiro
G7 (bis)
Não tá morto quem luta e quem peleia
C ( Cm G7 Cm )
Pois lutar é a marca do campeiro)
Minha Querência
(intro) F G/F Em7 C A7 Dm7 G7 C
G7 C G7 C A7 Dm
De manhã muito cedinho quando o sol devagarinho vem rasgando a escuridão
G7 C
Ouço a voz da peonada no galpão arrinconada em roda de chimarrão
G7 C A7 Dm
Da cacimba vem chegando a velha pipa e derramando gotas d'água pelo chão
G7 C
Vacas mansas na mangueira e ciscando mui faceira no terreiro a criação
C7 F G/F Em
(Meu Rio Grande do Sul meu lindo pago, meu chão
C A7 Dm7 G7 C
Minha querência eu te trago na forma do coração)
G7 C G7 C A7 Dm
Gineteando a cavalhada cruza o campo a gauchada pra o rodeio e a marcação
G7 C
E o quero-quero alvissareiro que lhes avista primeiro grita sua saudação
G7 C A7 Dm
Quando eu vejo a minha serra e a beleza desta terra nos meus olhos o debuxo
G7 C
Prezo a deus na minha crença por esta aventura imensa de ter nascido gaúcho
Gaudêncio Sete Luas - Leopoldo Rassier
Intro:Am Am/G F E7
Am Am/G F
A lua é um tiro ao alvo
E7
e as estrelas bala e bala
Am Am/G F
Vem minuano e eu me salvo
E7
no aconchego do meu pala
Am A7 Dm
Se troveja gritaria
G C
Já relampeja minha adaga
Am Am/G F
Quem não mostra valentia
E7
já na peleia se apaga
Am A7 Dm
Marquei a paleta da noite
G C
com o sol que é ferro em brasa
Am Am/G F
O dia veio mugindo
E7
pra se banhar em água rasa
Am A7 Dm
Pra me aquecer Mate quente
G C
Pra me esfriar Geada Fria
F
não vai ficar pra semente
E7
quem nasceu pra ventania
Intro E7 Am
Refazendo Os Planos
E7 F#m7 E F D/F# E/G# A
Bm7 E7 A
Quando a sina lá de fora, campo afora, perde seu rumo
Bm7 E7 A
A dor inventa um luzeiro e acende seu próprio mundo
Bm7 E7 A
Um potro manso preguiça e uma mala lanhando a garupa
Bm7 E7 A
O silêncio tirando um costado e o vento que nele se amonta
Bm7 E7 A
(Sou de casa meu compadre, e além do mais sou um cantador
Bm7 E7 A Bis
As cercas que eu ando amurando são as causas do meu desamor)
Int.
A7 Bm7 E7 A
Um dia desses dou de rédeas e de sonhos me emborracho
A7 Bm7 E7 A
Vou ser por mim só por mim ventania talvez por sorte um riacho
( )Int.
Bm7 E7 A
Vou juntar na mangueira cada sonho guaxo que ainda não marquei
Bm7 E7 A
Vou luzir na aurora um clarão de espora que eu nunca apaguei
Bm7 E7 A
Vou voltar pro rancho, pendurar o poncho e refazer a lida
Bm7 E7 A
Vou cortar os ramos, vou quinchar os anos que eu tenho de vida
Origens
Em D9 ( D4 ) C F#m7(b5) B7
Campeando, um rastro de glória, venho sovado de pealo
Em D9 ( D4 ) C F#m7(b5) B7
Erguendo, a poeira da história, nas patas do meu cavalo
Em D9 ( D4 ) C F#m7(b5) B7
O índio, que vive em mim, bate um tambor no meu peito
Em D9 ( D4 ) C F#m7(b5) B7
O negro, também assim, tempera e adoça o meu jeito
Am Em F Em
Com laço, e com boleadeira, com garrucha, e com facão
Am Em F Em
Desenhei, pátria e fronteira, pago querência e nação
Em D
Eu sei que não vou morrer
C B7
Por que de mim vai ficar
Em D
O mundo que eu construí
C B7
O meu Rio Grande o meu lar
Am Em
Campeando as próprias origens
F Em (2x)
Qualquer guri vai achar
A7 D Em A7 D
Sou a gaita corcoveando, nas mãos do velho gaiteiro
B7 Em G A7 A D
Dizendo por onde ando, que sou gaúcho e campeiro
Em A7 D
Eu sou o moço que canta, o pago em cada canção
B7 Em G A7 A D
E traz na própria garganta, o eco do seu violão
Em A7 D
Sou o guri pelo duro, campeando um mundo de amor
B7 Em G A7 A D
E me vou rumo o futuro, tendo no peito um tambor
Milonga do Contrabando
Am7 D7 G7M C F#m7(b5) B7 Em
Em B7 Em C Em B7 Em
C B7 Em
Velha milonga Argentina, Uruguaia e Brasileira
B7 Em
Contrabandeaste a fronteira, na alma dos pajadores
C B7 Em
Sempre a falar dos amores, na tua rima baguala
B7 Em
Se diferente na fala, no cantar de cada um
E7 Am G B7 Em B7 Em
Tens esta pátria comum, no pampa todos iguala
Int.
C B7 Em
Recorrendo a pulperia, velha milonga campeira
B7 Em
Que nas carpas de carreira, sempre um pinho se destapa
C B7 Em
Milonga de gente guapa, suspiras num bordoneio
B7 Em
A história de um tombo feio, de alguma maula judiada
E7 Am G B7 Em B7 Em
Chamarisco derramada, quando ao cantar de um floreio
Int.
C B7 Em
Milonga que noite adentro, vive a rondar os fogões
B7 Em
Falando em revoluções, em entreveiros de adaga
C B7 Em
Milonga que não se apaga, do ritual do rancherio
B7 Em
Que todo índio bravio desdobra meio pachola
E7 Am G B7 Em B7 Em
Quando ao cantar se consola, bombeando o catre vazio
Int.
C B7 Em
Por isso velha milonga, já calejado dos anos
B7 Em
Vim cantar meus desenganos dos quais não guardo rancores
C B7 Em
São penas dos meus amores, que fui guardando a lo largo
B7 Em
Cada um tem a seu cargo, um destino que lhe guia
E7 Am G B7 Em B7 Em6
E as penas são ironia, é o doce do mate amargo
Louco Por Chamamé
Am G F E7
A tarde abafou o espaço sol e mormaço mandando ver
Am
Andava no meu picaço me fui ao passo dar de beber
A7 Dm
A balsa ia rio acima e uma morena de lá sorriu
(Dm) Am E7 Am
/Botou uma flor no cabelo me atirou um beijo e depois sumiu/ (bis)
A F#m Bm
Quem sabe fosse a morena uma estancieira buscando amor
E7 D E7 A
Quem sabe ficou parada nesta fachada de domador
F#m Bm
Quem sabe naquela trança tem uma herança e dinheiro tanto
E7 A
Que um tipo viva crinudo e vendendo tudo ainda sobre campo
(intro) ( A Bm7 E7 A A7 D E7 A )
Am G F E7
Fiquei meio enfeitiçado sempre enredado no assobio
Am
A moça no pensamento e os olhos sempre rondando rio
A7 Dm
Um dia sei que ela volta se a balsa sobe tem que descer
(Dm) Am G F E7 Am
/Pintando o rio de aquarela e trazendo nela o meu bem querer/ (bis)
A F#m Bm
(Morena fique sabendo que eu quero mesmo é mudar de vida
E7 D E7 A
Já chega de pancom essas meninas de má bebida
F#m Bm
Eu sou um partido de luxo flor de gaúcho além de ser
E7 A
Doutor num jogo de truco borracho e louco por chamamé)
Int.( )
F#m Bm E7 A
Doutor num jogo de truco borracho e louco por chamamé
F#m Bm E7 F
Doutor num jogo de truco borracho e louco por chamamé
G A D A E7 A7M
E louco por chamamé e louco por chamamé
Escravo de Saladeiro
Em D (Riff 1) C B7
Escravo de saladeiro me dói saber como foi
Em D (Riff 3) C B7
Trabalhando o dia inteiro sangrando o mesmo que o boi
Em D (Riff 6) C B7
A faca que mata a vaca o coice o laço que vem
Em D (Riff 6) C B7 Em
O tronco a soga e a estaca tudo é teu negro também
Refrão:
Em D C B7
A dor do charque é barata o sal te racha o garrão
Em D C B7
É fácil ver tua pata na marca em sangue no chão
Em D C B7 Em
O boi que morre te mata pouco a pouco meu irmão
Em D C B7 Em
O boi que morre te mata pouco a pouco meu irmão
Em D (Riff 1) C B7
Pobre negro sem futuro touro olhando humilhado
Em D (Riff 3) C B7
O teu braço de aço escuro sustentou o meu estado
Em D (Riff 6) C B7
Já é hora negro forte que os homens se dêem as mãos
Em D (Riff 3) C B7 Em
E se ouça de sul a norte que somos todos irmãos
Refrão:
Em D C B7
A dor do charque é barata o sal te racha o garrão
Em D C B7
É fácil ver tua pata na marca em sangue no chão
Em D C B7 Em
O boi que morre te mata pouco a pouco meu irmão
Em D C B7 Em
O boi que morre te mata pouco a pouco meu irmão
Cismas
Tom: A
Dbº Bbº Gº Eº E G#m7(11) G7(#11) F#m F7M E
A Bbº E Fº F#m F7M E
E G#m7
Não rodei estradas pra colher lamentos
Bm7 E7 A7M
Nem somei auroras pra ser como o vento
Am7 D7(9) G#m7 G7(#11)
Quis virar saudade num quinchar de esperas
F#m7 F7M E7M
Pra sestear nas nuvens e acordar quimeras
G#m7
Não tirei da estrada o solar das buscas
Bm7 E7 A7M
Nem cruzei caminhos com o olhar em rugas
Am7 D7(9) G#m7 G7(#11)
Fiz dos meus afagos portal pras andorinhas
F#m7 F7M E7M
E guardei só mágoas pra mostrar que eu vinha
A Bbº G#m7 G7(#11)
(E que venham cismas e milongas tortas
F#m B7 E E7
Mas que deixem vivas as lembranças mortas
A Bbº G#m7 G7(#11)
E que venham cismas e milongas tortas
F#m B7 E
Mas que deixem vivas as lembranças mortas)
Int. F#m B7 G#m C#7 F#m B7 E
E G#m7
Não domei o ontem pra semear eu mesmo
Bm7 E7 A7M
Nem guardei esporas só pra andar a esmo
Am7 D7(9) G#m7 G7(#11)
Fiz antes de tudo um galpão de estimas
F#m7 F7M E7M
Pra matear recuerdos e escutar a vida
Canto Alegretense
(itnro) E A E A D A E A
A E
Não me perguntes onde fica o Alegrete
A
Segue o rumo do seu próprio coração
D A
Cruzarás pela estrada algum ginete
E A
E ouvirás toque de gaita e violão
A E
Prá quem chega de Rosário ao fim da tarde
A
Ou quem vem de Uruguaiana de manhã
D A
Tem o sol como uma brasa que ainda arde
E A
Mergulhado no Rio Ibirapuitã
(refrão)
E A
Ouve o canto gaucheso e brasileiro
E A
Desta terra que eu amei desde guri
D A
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
E A
Pedra moura das quebradas do Inhandui
A E
E na hora derradeira que eu mereça
A
Ver o sol alegretense entardecer
D A
Como os potros vou virar minha cabeça
E A
Para os pagos no momento de morrer
A E
E nos olhos vou levar o encantamento
A
Desta terra que eu amei com devoção
D A
Cada verso que eu componho é um pagamento
E A
De uma dívida de amor e gratidão
(refrão)
E A
Ouve o canto gaucheso e brasileiro
E A
Desta terra que eu amei desde guri
D A
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
E A
Pedra moura das quebradas do Inhandui
(tocar a muscia com Gaita mudem as posiçoes para essas)
( A E D )
( E B7 A )
Retrato Gauchesco
F F F A# C7 Am Dm7 Gm C7 F F7
A# A# Am Dm7 Gm C7 F
F
A bandeira do Rio Grande
vem tremulando na frente
F7
um taura puxa o piquete
A#
pata aberta, bem montado...
C7
Sombreiro negro tapeado
F
o olhar mirando lejos
Gm
num retrato gauchesco
C7 F
o orgulho do nosso Estado.
F
O crioulo malacara
sabe o peso da forquilha
F7
pelo de ouro que brilha
A#
nesta manhã setembrina...
C7
Não sei se é lá da Faxina
F
do Carcáveo ou Sarandy
Gm
talvez do Upamaroti...
C7 F F7
mas desta Pátria Sulina!
A#
O povo batendo palmas
F
reverencia um campeiro
Gm
fronteiriço brasileiro
C7 F F7
legenda do pago antigo...
A#
Que negaceia o perigo
F
na lida de bois e potros
Gm
sem querer ser mais que os outros
C7 F
que assim conserva os amigos.
F F F A# C7 Am Dm7 Gm C7 F F7
A# A# Am Dm7 Gm C7 F
F
Pelo garbo e o entono
carrega o sangue farrapo
F7
descendência de índio guapo
A#
estampa tradicional...
C7
Que traz o mundo rural
F
pra o povo, mesclando ânsias...
Gm
o corpo de peão de estância
C7 F
e a alma de um general!
F
O pañuelo maragato
esvoaçando no pescoço
F7
e o gateado que é um colosso
A#
troteia se abaralhando...
C7
Pala encarnado rimando
F
entre o pelego e o basto
Gm
verso com cheiro de pasto
C7 F
trazido de contrabando.
(Ponte)
F7 A# |
Dá gosto ver um gaúcho |
F |
e a cada dia me lembro |
Gm |
noutro vinte de setembro |
C7 F F7 |
mais entonado que um galo... |TOCAR
A# | 2x
Hoje a mão que bota o pealo |
F |
levanta o pano sagrado |
Gm |
um pavilhão desfraldado |
C7 F |
e o Rio Grande de a cavalo! |
Gm
um pavilhão desfraldado
C7 F F7
e o Rio Grande de a cavalo!
A# A# Am Dm7 Gm C7 F
O Corte
Tom: C
Am - Dm7 - G7 - Em7 - Am - Dm7 - G7 - C (REPETE)
C
Mas oigale-te porqueira
Am Dm7
Tivesse metido pura
G7
Sempre me disse o Chibeto
C
Conhecedor das tonturas
C7 F |
Se tu não tem um bom corte |REPETE
G7 C |
É melhor tomar ela pura |
G7
C
Luzia baixo da Lua
Am Dm7
Meu cavalo colorado
G7
E eu preparava a mistura
C
La pucha! Que foi o diabo
C7 F |
Era só um aperitivo |REPETE
G7 C |
Só pra sentar o mate-amargo |
Am
Ainda tenho o bilhete
Dm7
Esse sim não se perdeu
G7
Dizia assim numa parte
C
Que a cozinheira me leu
C7 F |
Desde o dia das carreiras |REPETE
G7 C |
Ela também gostou do teu |
Am - Dm7 - G7 - Em7 - Am - Dm7 - G7 - C (REPETE)
C
Sobre a cabeça do basto
Am Dm7
De regalo a manta pampa
G7
Num trotezito chasqueiro
C
Sonhava com a percanta
C7 F |
Por que cortei essa bruta |REPETE
G7 C |
Com ki-sucão de laranja? |
G7
C
Duzentas braças da festa
Am Dm7
Bem pra lá do bolicho
G7
Hay tava, carpeta, canha
C
Tudo que é tipo de vício
C7 F |
Até uma china pinguancha |REPETE
G7 C |
Que não refuga serviço |
Am
Eu tinha tudo arreglado
Dm7
Há quase cinco semanas
G7
Tinha já carreira atada
C
Com a prima-irmã da Bibiana
C7 F |
Por que cortei essa bruta |REPETE
G7 C | 3x
com ki-sucão de laranja? |
Am - Dm7 - G7 - Em7 - Am - Dm7 - G7 - C
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