quarta-feira, 22 de junho de 2011

Milonga veia gaúcha

Em
Uma enxugada nas vista, uma chuleada pra riba
                                       B7
Uma adulada na prenda, uma atracada no mate

Uma milonga das buenas, uma ponchada de amigos
                                          Em
Uma gateada de tiro, um quero-quero de alarde

Uma saudade tropeira, uma ansiedade fronteira
                      Am
Uma paisagem pampeana, uma vidinha rural
                 Em                    B7
Uma pealada nos planos, um verso fora do bando
                  Em
Um jeito de milonguear
        B7                   Em
E conversa vai, e conversa vem
Am            B7                 Em
A milonga é quem lida pra pensar
                                              B7
Atiço a lenha no fogo a gosto, no campo das idéias
                                                    Em
Ouvindo o berro do gado alçado no pasto cheirando a terra
                                                  B7
Pelos fundões de fazenda, morena, ando lavando a alma
                                                   Em
Campeando as coisa do pago montado nos bastos da palavra
                 Am                                Em
Tapeando o pó do sombreiro, amigo parceiro eu topo qualquer parada
               B7                                    Em
E ainda gasto nos quartos de lua, lonjuras, grudado nas garras
                 Am                              Em
Batendo estribo contigo amigo parceiro eu boto o pé na estrada
            B7                                    Em
E ainda guardo de inhapa na capa da gaita um furo de bala.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Quando a saudade se arrancha - Juliano Moreno




 “Não Deixe Morrer a Vigília”    Amigos: esta é uma luta pela cultura popular, pela identidade cultural gaúcha, pela honra daqueles - artistas ou público - que fazem e são os festivais de música, poesia e canto do Rio Grande do Sul. Pela honra da cultura gaúcha e em apoio aos nossos irmãos e amigos do Núcleo Cachoeirense de Compositores Nativistas e de todo o ambiente festivaleiro gaúcho estamos lançando a Campanha “Não Deixe Morrer a Vigília”.

    Embora simbólica, essa manifestação reage ao anúncio, pelo prefeito de Cachoeira do Sul – até o ano que vem -, de que não realizará o evento mais uma vez porque “decidiu priorizar atividades que envolvam competidores só de Cachoeira, o que faz com que o dinheiro das premiações fique na cidade”. O prefeito também afirmou que: “os 'tradicionalistas' não têm do que reclamar, pois está apoiando financeiramente a cavalgada da integração”. 

    Vale lembrar que JAMAIS os compositores, músicos, intérpretes, letristas, poetas, declamadores de Cachoeira do Sul ou participantes do festival, foram convidados para uma reunião com o prefeito ou seu “participativo” departamento de eventos, para debater o assunto ou tratar de qualquer tema.     

    Segundo se soube, apenas houve, em 2010,  um contato com patrões de CTGs perguntando se os mesmos queriam “assumir a Vigília”.  É preciso dizer que na Administração em que o atual prefeito Sérgio Ghignatti, foi vice-prefeito, na década de 90, o Município também cancelou o festival, quase determinando a morte da Vigília do Canto Gaúcho. Será algo pessoal?

    Hoje, um dos maiores e mais tradicionais festivais nativistas do Rio Grande do Sul sofreu mais um severo golpe. Mais um festival agoniza no Rio Grande. E não podemos aceitar calados o descomprometimento - com a identidade cultural gaúcha - destes políticos que se elegem “declamando” Jaime Caetano Braun na TV, mas depois viram as costas à produção cultural regional.

    A Vigília não morrerá, pois os mandatos eleitorais terminarão e a cultura seguirá!!!

     Por isso, pedimos o apoio dos nativistas do Rio Grande e do Brasil no sentido de manifestarem o seu protesto, desacordo ou indignação com a decisão unilateral da Prefeitura (que sequer elaborou um projeto pra LIC ou esboçou qualquer interesse de promover o festival), replicando esta mensagem para seus contatos e pelas redes sociais, ou escrevendo diretamente para o prefeito, os vereadores de Cachoeira do Sul e o Jornal do Povo, principal órgão de imprensa daquela cidade.

    Chega de “mercadores” e políticos que não promovem a cultura determinarem a extinção de nossos festivais, de calarem a nossa voz, atentarem contra nossa memória histórica, apagarem os nossos versos, renegarem nossas orígens e negarem nossa identidade cultural!!!

    Não deixaremos que morra a Vigília!!!

    Chega de atentarem contra os festivais do Rio Grande!!!!

    Chega de atentarem contra o nativismo!!!!

domingo, 12 de junho de 2011

A música e os sentimentos



      Passei muito tempo pensando em o que escrever, dessa forma de arte que ao mesmo tempo é complexa, mas também é singela.Uma certa vez escutei uma pessoa dizer que “trabalhar” com musica é algo muito perigoso e que requer muitos cuidados, pois as musicas pode suscitar em nós vários sentimentos, sejam eles bons ou ruins.
     Cheguei a conclusão que isso é real. De todas as formas de arte a musica é a que mais toca e meche com os sentimentos humanos, pois ela trás à tona nossos desejos, tristezas , amarguras, saudades, paixões mais ocultos, aqueles que em muitas vezes deixamos guardados e escondidos num canto da memoria.
A musica também nos transporta a um mundo , que não é o real em quem vivemos, talvez um mundo povoado de sonhos e boas memorias, onde estão nossos amigos, família e amores, pessoas que de uma forma ou outra foram importantes para nós.
      Muitos veem através da musica uma forma de se comunicar e expressar com o mundo, um meio de externar suas emoções, desejos, opiniões, aquilo que só através das notas e melodias consegue expressar.
      Enfim acredito que não existe uma só pessoa que não tenha uma musica que meche consigo, seja de boas ou más recordações. Aquela musica que sempre que chega aos nossos ouvidos faz brotar dos olhos uma lagrima , seja de saudades, de boas lembranças ou de tristezas adormecidas....
GRACIAS

Ju Lima.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

27° Reponte da canção


No final de semana dos dias 3, 4 e 5 de junho, aconteceu em São Lourenço do Sul, o 27° Reponte da Canção Nativa. Eu estava lá e encontrei com meu amigo e professor Johnatan Garcia, que tocou na 19° Pérola em Canto. Também encontrei a cantora Shana Müller, que estava sendo acompanhada por Paulinho Goulart, tocando a musica Outono dos Sentidos. Procurei por ela, mas não estava encontrando, vinha passando e ouvi um “oi”, e olhei era ela, “nossa a Shana me conheceu” pensei comigo, não é verdade! Haha. Mas sim, e ainda comentou com o Paulinho sobre a Nossa Senhora que havia dado a ela, fiquei super feliz e logo depois tiramos a nossa foto claro!! hehe sempre tiro uma quando vejo ela.
 No domingo tava tão bom quantos os outros dias, mas tinha aquele arzinho de final, e muito frio também. Não abandonei o poncho nenhum dos três dias. Estava Marcelo Oliveira, Cristiano Quevedo, Ângelo Franco, Jean Kirchoff, Analise Severo, Juliano Javoski, Daniel Cavalheiro, Fabrício Marques, Raineri Sphor e outros. Nesse Reponte teve o primeiro samba na linha livre, na minha opinião, a composição era boa, mas não combina com um festival nativista, sai um pouco do foco do festival, mas linda a música interpretada por Loma.

La mandinga 27° Reponte da canção

1º Lugar (Linha Campeira) – Troféu Seival:  La Mandinga (Chamamé)
M: Juliano Javoski
L: Gustavo Brasil

Domingueira

2º Lugar -Troféu Estância do Salso: Domingueira (Milonga Arrabalera) na linha campeira no 27° reponte da canção em São lourenço do Sul

Composição Mais Popular - Troféu Caixa Econômica Federal: Domingueira (Milonga Arrabalera)
Letra e Música: Adão Quevedo

Baita talento

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Piedra Y Camino na voz da Grande Mercedes Sosa

Piedra Y Camino Atahualpa Yupanqui

Intro: Bm – A – G – F#7 – Em – D – F#7 – Bm

    Bm      B7   Em
Del cerro vengo bajando
  A7      D    F#7
camino y pie...dra
    Bm      A       G     F#7
traigo enredada en el alma, viday
    Em D   F#7  Bm
     Una     tristeza

    Bm      B7   Em
traigo enredada en el alma, viday
Em D   F#7  Bm
 una  tristeza.

    Bm      B7   Em
Me acusas de no quererte
 A7      D    F#7
no digas eso
  Bm      A       G     F#7
tal vez no comprendas nunca, viday
Em D   F#7  Bm
porque me alejo;
Bm      A       G     F#7
tal vez no comprendas nunca, viday
Em D    F#7  Bm
porque me alejo.

 Bm      B7   Em
 Es mi destino
A7    D    F#7
piedra y camino
 Bm      A       G     F#7
y un sueño lejano y bello, viday
Em D   F#7  Bm
soy peregrino
 Bm      A       G     F#7
de un sueño lejano y bello, viday
Em D  F#7  Bm
soy peregrino.

Repite intro.
Bm      B7   Em
Por mas que la dicha busco
A7   D    F#7
vivo penando
 Bm      A       G     F#7
y cuando debo quedarme, viday
Em D   F#7  Bm
me voy andando
 Bm      A       G     F#7
y cuando debo quedarme, viday
Em D F#7  Bm
me voy andando.
Bm      B7   Em
A veces soy como el río
A7   D    F#7
llego cantando
Bm      A       G     F#7
y sin que nadie lo sepa , viday
Em D    F#7  Bm
me voy llorando
Bm      A       G     F#7
y sin que nadie lo sepa, viday
Em D    F#7  Bm
me voy llorando.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Amanhecido

Amanhecido - Cifra

int.B7 Em B7 Em

L.: Fábio Maciel e Zé Renato Daudt 
M.: André Teixeira


                               B7 Em                         Am
a manha pedindo cancha sobre a missa dum balcão
                               D7                                 G  G  B7  Em
onde o padre é bulichero e a canha é q dá benção
                                                                             Fm7
vão doutrinando os paysanos num batismo de fronteira
                            C                                      B7
q vai fazendo esparramo na idéia de quem clareia


Em                    B7                                   Em
quem rezou a noite inteira num altar tradicional
                          B7                                  Em  E7
campeando rumo das casa e pecador do ritual
Am                  D7                                    G
ainda vai retunbando na cabeça um bordoneio
                       Fm7                   B7                     Em
e o sol cozinha sem presa quem vai firmando os arreio
                       Fm7                    C                     Em
e o sol cozinha sem presa quem vai firmando os arreio


E7                             Am                    D7            G
nas redea um santo rosario q vem o corpo benzendo
                                 Fm7                     B7_B7_B7  Em
pena q a borrachera traz as duas mao tremendo BIS

                                 B7_Em                                   Am
sorte um pingo da confiança que ainda conheçe o prumo
                                  D7                                       G_G__B7_Em
pois quem segue pela estrada multiplica o proprio rumo
                                                                   Fm7
mas de fato pouco importa o q fiz de madrugada
                             C                                     B7
pois o fim foi na porteira bem na hora da pegada


Em                       B7                                     Em
por cristao rogo assobiando uma vaneira pra o céu
                            B7                                       Em   E7
pois na encilha achei minh'alma perdida nesse mundel
Am                        D7                                              G
na farra e golpeando um trago fiz render mais um domingo
                             Fm7                   B7         Em
por que galo da fronteira mete até quase durmindo
                             Fm7                  C            Em
por que galo da fronteira mete até quase durmindo



E7                            Am                       D7           G
eu sou crente dessa igreja onde a canha é quem batiza
                                Fm7                  B7_B7_B7  Em
no culto manda quem pode obedece quem precisa

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Namoro de Corvo


Tom: C

Am . Em . B7 . Em

Em
num cerrito descarnado
                    B7
perau de pedra e de tuna

clareado de blanca luna
                 Em
a moldura arredondada

no arrancar da madrugada
                 B7
se enxergava uma figura
      Am          G
lá no topo das altura
        B7              Em
negra estampa apaixonada


        Am              
o verde pasto da pampa
            Em
pelo sereno molhado
                B7
e o casal apaixonado
                Em E7
na noite de primavera
      Am
estar assim quem me dera
           Em
cobiçei de relancina
            B7
pensando na triste sina
                 Em
do meu coração tapera


                               B7
bombeava, bombeava o corvo pra corva
                   Em
e ela com olhar de mona...
                      B7
retinta como a cambona
                    Em
floreava o bico nas pena
                     G#madd11+
e o corvo véio torena
                      Am
vaqueano e cooperativa
                       G
largou uma asa por riba
                   B7 Em
abraçando a linda morena

(solo de gaita, violão repete introdução)

Em
lembrei de volta as passadas
                   B7
num pala preto que tinha

e o galopito que vinha
              Em
em direção ao povoado

e sempre o mesmo bragado
                    B7
pingo de rédea e de pata
 Am                   G
lembrei também da mulata
    B7               Em
por quem tive enfeitiçado

         Am
assim se deu o romance
            Em
pra quem se lembra o espanto
           B7
e juro por qualquer santo
           Em           E7
e inté por nossa senhora
             Am
que descobri nesta hora
                 Em
a força bruta do amor
            B7
e lhes digo sim senhor
                   Em
que corvo também namora

Campo e Luz


Compositor: Marcelo Oliveira / Cristian Camargo
Tom: C

Introdução: Dm,G, C,F,Dm, E, Am, A7,
       Dm,G, C, F, Dm, E, Am,

                    Am
Mergulha hóstia de luz
Dm
No sangue do campo santo,
                 G
Estende lua teu manto
C
No orvalho da plenitude,
              F
Onde a reza nasce rude,
                       Dm
Ajoelhado em campo e luz,
                     E7
E eu benzo sinal da cruz
                     Am
Com água benta de açude

                   Am
Não há templo igual a este
             Dm
Pro batismo dos pampeanos,
               G
Prece oculta dos minuanos
  C
Convergência dos ateus,
                     F
Simplicidade  dos meus,
Dm
Na procissão das Estâncias
                  E7
Terunha alma em Constancia
               Am  , G
Aqui mais perto de Deus...

             C
(Tenho o terço das estrelas
                         Dm
E a matriz do Galpão grande,
           G
Deixe que o destino mande
                        C
Nos sonhos que campereio,
               F
Em cada campo que leio

                          Dm
Encontro a bíblia da calma
                 G
E acendo a vela da alma
C
No castiçal dos arreios

               F
Em cada campo que leio
 Dm
Encontro a bíblia da calma
                     E7
E acendo a vela da alma
                   Am,A7
No castiçal dos arreios)

Introdução: Dm,G, C,F,Dm, E, Am, A7,
       Dm,G, C, F, Dm, E, Am,
               
                Am
Um dia hei de saber
          Dm
 Motivo da saudade,
             G
De um tempo em que a liberdade
                    C
Na catedral das manhãs
                   F
Tinha um sino de um tajã
                   Dm
Acordando a tolderia,
                     E7
E um rosario de poesia
                    Am, G
Sob os olhos de tupã...

domingo, 5 de junho de 2011

Soy Pán, Soy Paz , Soy Más



Tom: A

D/E A7+
Soy... Soy água, playa, cielo, casa blanca
Bm7
Soy mar Atlantico, viento y America
C#m7
Soy um montón de cosas santas
Bm7
Mezclado com cosas humanas
    F7/13 A7+
Como te explico cosas mundanas

A7+
Fui niño, cuna , teta, techo, manta,
Bm7
más miedo, cuco, grito, llanto, raza,
C#m7
Después mezclaran las palabras
Bm7
O se escaparan las miradas
F7/13 A7+
Algo pasó, no entendi nada

Bm7 E7/9
Vamo, deci-me, conta-me, todo lo que
    C#m7    F#7/9
A vos te esta pasando ahora
Bm7 E7/9 A7+
Porque sino cuando esta tu’alma sola llora

Bm7 E7/9
Hay que sacar-lo todo afuera
    C#m7    F#7/9
Como em la primavera
Bm7 E7/9 A7+
Nadie quiere que adentro algo se muera

Bm7 E7/9
Hablar mirando-se a los ojos
C#m7 F#7/9
Sacar lo que se puede afuera
Bm7 E7/9 A7+
Para que adentro nazcan cosas nuevas
Nuevas....

B7+
Soy pán, soy paz , soy más, soy lo que está por acá

C#m7
No quiero más de lo que puedas dar
Ebm7
Hmmm, hoy se te da, hoy se te quita
C#m7
Igual que com la margarita
F#7/9
Igual al mar
B7+
Igual a vida, la vida, la vida, la vida

C#m7 F#7/9
Vamo, deci-me, conta-me, todo lo que
    Ebm7    G#7/9
A vos te esta pasando ahora
C#m7 F#7/9      B7+ Cº
Porque sino cuando esta tu’alma sola llora

C#m7 F#7/9
Hay que sacar-lo todo afuera
    Ebm7    G#7/9
Como en la primavera
C#m7 F#7/9 B7+ Cº
Nadie quiere que adentro algo se muera

C#m7 F#7/9
Hablar mirando-se a los ojos
    Ebm7    G#7/9
Sacar lo que se puede afuera
C#m7 F#7/9 B7+
Para que adentro nazcan cosas nuevas
Nuevas....

Romance de Fronteira



A E7 A


          Bm7            E7          A
Tô desconfiado que este sol é correntino
         Bm7           E7          Aº A
Cruzou o rio num tranquito bem marcado
           Bm7         E7        A
Foi se achegando despacito na ribeira
                    Bm7  E7         A
E quando vi tava dormindo do outro lado

         G/A        A7(9)       D7M
Fiquei mirando a fundura do seu sono
        A7                      D7M
Até dormindo resmungava o pobre Sol
     (D7M)                        A
Dizia coisas de um amor quase perdido
       F#m7        Bm7 E7        A   A7  Bis
E percebi que murmurava em portuñol

                       E7                         A
(Mire el lume destes sueños mire el don de mis palabras
                  G#m7(b5)   G7(#11)        F#m7  Fm7 Em7
Las ventanas de mis ojos son somente tus escravas
                 (D)         D#°            A
Mira flor madrugadeira mis auroras que son tuas
          F#7            Bm7           E7       Em7   A7  Bis
Ergue um brinde a las estrellas mi pasión amada Luna)
Int.
         Bm7           E7       A
Talvez o Sol amasse a lua pelo rio
        Bm7          E7          Aº  A
E a lua moça da fronteira foi embora
        Bm7         E7          A
O Sol ribeiro de alla revira o mundo
                    Bm7  E7      A
E busca a Lua vida adentro céu afora

         G/A        A7(9)      D7M
Mas esta sina que separa Sol e Lua
           A7                    D7M
Talvez um dia se confunda no Arrebol
       (D7M)                    A
E a Lua moça com um beijo iluminado
          F#m7          Bm7 E7        A   A7  Bis
Espante a mágoa de quem habla em portuñol
( ) Int.

Pala da Noite



Am9
A lua é um buraco de bala no pala da noite
Em7                            Em7 Ebm
Oigaletê mas que mira do atirador
    Dm
Ou tava atirando pra cima por rabo de saia
      F          F#°                     E7
Ou tava fazendo tocaia pra Nosso Senhor

  Am9
A bala furou este pala presente do dia
     Em7                            Em7 Ebm
Um pala de seda e poesia que a noite vestiu
    Dm
E a noite coçada de bala ergueu três marias
      F                       F#°       E7
Tenteando bolear de vereda quem lhe agrediu

     A                          E7      Db7
[ Já tava armada a peleia bem lá nas alturas
   F#m                             Dbm7
A noite de pala furado de raiva tremia
       D/F#                              A
Quem foi o bandido sem alma que só por maldade
      B7                           E7
Fez mira no pala da noite regalo do dia

       A                                E7      Db7
Mas Deus já cansado de guerra pediu uma trégua
     F#m                                Dbm7
Pra noite que tava tão cega de raiva e de frio
    D/F#                                 A
A noite largou Três Marias erguendo o Cruzeiro
      E7           D/F#       Dbm7      Bm7        A
E o céu se amansou novamente no sul do Brasil

Db7/G#          G7/4M                     F#m
Num fundo de campo tranqüilo Blau Nunes pitava
Db7/G#         G7/4M                     F#m  Em A7
Foi só um balaço por farra, ninguém se pisou
       D                                   A
E a noite ainda hoje bombeia querendo vingança
      E7                                         A Em7 A7
Blau Nunes é lenda e a história Simões não contou
       D                                   A
E a noite ainda hoje bombeia querendo vingança
       E7                                     A
Blau Nunes é lenda e a história Simões não contou ]

Outra Campereada



        Em                          A7
Manhã de Junho no interior do estado
        D                         G
Cambona fria e nem sinal das brasas
       C#º                     F#7
O minuano que rengueia tudo
         Bm                    B7
O cusco e até o pé direito da casa

       Em                    A7
Saltou cedito como de costume
       D                       G
Lavou as mãos e a cara já judiada
        C#º                  F#7
E requentou para seu desayuno*
         Bm                    B7
Garrão do chibo da noite passada

       Em                          A7
Botou confiança na cincha do mouro
       D                     G
Levou o laço pra beber sereno
        C#º                  F#7
Requisitou a proteção divina
     Bm                            B7
E contemplou seu mundo tão pequeno

Em         A7         D      G
   Sua vida inteira foi assim
       Em   F#7          Bm  B7
Achando lindo,    dando risada.
Em                   A7        D      G
Como quem colhe uma flor no inverno
             Em
Se foi com Deus
      F#7          Bm
Pra outra campereada...

O Tombo



Am
Apartou-se da tropilha um zaino, crina comprida
                                          G
Num galope de alvoroço foi debochando da lida
                                           F
Esbarrou junto das tábuas na terra do mangueirão
                      E                        Am
Deu cara-volta pro povo batendo um casco no chão

Am
Armaram-se as rodilhas, argolas e seus mandados
                                              G
Couro de boi tento a tento nas mãos do negro trançado
                                         F
Um a um ganhou o ar zunindo sobre os chapéus
                   E                    Am
E um reboleio de laços pra terminar o tropel

Am                       Am      F       E
Alguém de longe gritou, fez farra com o tirador
E                                          Am
E o zaino escarceando crinas, largou do seu partidor
G                   C     G             C
Primeira armada no chão, a segunda quase pega
F                                         E
Terceira foi um buraco juntando potro e macega
Dm                 C              E7         Am
Terceira foi um buraco juntando potro e macega

Am
Foi como botar com a mão a armada do capataz
                                                G
Cerrou na volta dos pulsos e é bem assim que se faz!
                                        F
E o potro virou de volta trocando sua condição
                        E              Am
Quem derrubou tanta gente hoje conhece o chão

Am
Depois ergueu-se uma poeira e terminou o tropel
                                       G
E o capataz na outra ponta acomodou o chapéu
                                            F
Quem não viu, ouviu de longe laço tinindo e um estouro
                       E                       Am
E o tombo foi o encontro da terra bruta com o couro

O Arco e a Flecha




(intro) A9 D/A E/A D/A A9 D/A E7(4/9)

           A9                 D/A
Poesia é flecha, a alma é um arco...
             E/A             D/A
Futuro é um alvo que a alma tem;
          A7M(9)  G#m7   F#m7/4
Estamos todos no mesmo barco...
         Bm7(9)         E7(9/11) E7(b9)
Se ele naufraga vamos também!

           A9                 D/A
Poesia é flecha que se projeta
             E/A             D/A
Pelas nações, que de fome choram;
          A7M(9)  G#m7   F#m7/4
A alma é um arco nas mãos do poeta
           Bm7         E7(4/9) E7(13) E7
Caçando as feras que nos devoram!

           A9                 D/A
A flecha corta os confins do mundo
              E/G#           F#m7/4 E4
Sangrando as chagas que a fome fez...
        D7M(9)          C#m7
Povos inteiros já moribundos,
           Bm7         E7(9) E7(13)
Matando um sonho de cada vez!

           A9                 D/A
O arco fica, mas manda a flecha
        E/G#           F#m7/4 E4
E a flecha voa com altivez;
        D7M(9)          C#m7
Chora a miséria e, em nome dela,
          Bm7             E7(9) A9
Transpassa a carne da insensatez!

(intro)

           A9                 D/A
O arco dita as razões da flecha
          E/A           D/A
E mostra o rumo sem hesitar;
         A7M(9)  G#m7   F#m7/4
A flecha é força que a tudo pecha
         Bm7(9)         E7(9/11) E7(b9)
Quando é justiça cortando o ar!

           A9                 D/A
São arco e flecha sempre em vigília,
          E/A                 D/A
Que essa miséria tem rosto e nome;
          A7M(9)  G#m7   F#m7/4
Nos calcanhares dessas matilhas
           Bm7         E7(4/9) E7(13) E7
Que se sustentam de sangue e fome!

A flecha corta os confins do mundo..

O "Revorve" do Tropeiro


            A
Seu delegado, vim trazer meu “revorvinho”
                                           E7
Que eu ganhei do meu padrinho quando me tornei rapaz
              Bm7
E há trinta anos mora na minha cintura
                 E7                    A
Escorando a vida dura de tropeiro e capataz
       F#m7           Db7         F#m7
Esse “revórve” nessas voltas do destino
                             A7           D
Já salvou muito teatino de apanhar sem merecer
                      D#º           A
Botou respeito sem precisar falar grosso
     F#7           Bm7         E7       A     E7 A
Com ele, muito alvoroço, não deixei acontecer

             E7                           A
Mas deu no rádio que ninguém pode andar armado
                 Bm7          E7         A
Fui no rumo do povoado, vim tirando a conclusão
Bbº         Bm7            E7        A
Que fiquei louco ou não entendi a notícia
       F#7           Bm7      E7          A     E7 A
Pois pensei que a polícia desarmava era ladrão

          E7          A
[ Ô mundo véio, que tá virado
       E7               A   A7
Seu delegado, preste atenção
         D          D#º         A
Vê se devolve o “revórve” do tropeiro
      F#7       Bm7               E7        A      E7 A
Vai desarmar desordeiro e deixa em paz o cidadão ]

       A
Seu delegado, se um ladrão bater na porta
                                        E7
Devo fugir pela outra, me arresponde sim senhor
          Bm7
E se um safado me “desrespeitá” uma filha
                      E7                    A
Quem vai defender a família de um homem trabalhador
        F#m7    Db7          F#m7
É muito fácil desarmar que é direito
                                A7           D
Quem tem nome e tem respeito, documento e profissão
                       D#º        A
Muito mais fácil que desarmar vagabundo
            F#7       Bm7     E7           A     E7 A
Desses que andam pelo mundo fazendo mal criação

         E7                     A
Pra bagunceiro o país tá encomendado
              Bm7            E7              A
O povo tá desdomado, e quem manda faz que não vê
Bbº      Bm7         E7                  A
Nosso governo quem tem que prender não prende
    F#7           Bm7       E7        A
Não vigia, não defende, não deixa se defender [

Nos Encontros do Crioulo



E B7 E B7 E G#7 C#m F#7 B7 A E B7 E


                   B7                      E
Se vieram pedindo porta rédea solta no salseiro
                   B7                          E
Um escora o outro pecha abrindo o peito estancieiro
    E7                A                              E
Bem antes dos trinta metros vinha o pampa entre os aperos  Bis
Int.
                   B7                       E
Já na primeira porteira com os pescoços tramados
                     B7                          E
Conduzindo a rês na pista vinha o mouro e o colorado
   E7                A                          E
E num jeitão bem campeiro se via os chapéus tapeados  Bis

G#7              C#m
Num paleteio fronteiro
G#7                C#m
É bem assim que se faz
  F#7                  B7
Reboleando os “colas chata”
 F#7                B7
Apertando o boi no más
    A               E
E o estouro da retomada
   B7                E      Bis
Fazendo voltar pra trás
Int.
                   B7                        E
É lindo escutar o berro e dar volta se estrivando
                  B7                   E
Levar reto, onde saiu ver o povo levantando
   E7               A                          E
Reverenciando tronqueiras isso é o pago despontando  Bis

  G#7                   C#m
(Quem se templou nos varzedos
   G#7               C#m
Com alma e garrão de touro
    F#7              B7
É o Rio Grande refletido
   F#7              B7
Em paleteadas de estouro
 A                  E
Tem o sustento a cavalo
       B7           E      Bis
Nos encontros do crioulo)
Int. ( ) Int.

Na Fogueira da Milonga



Dm
É de fogo essa milonga, que chega tomando conta
         Bb                  A7
Se alastrando pelo coração, vem soprando suas brasas
Dm
Botando fogo na casa quando acende a chama da emoção
                           Bb
Voa a cinza do silêncio quando venta um sentimento
                                       A7   Bb
Junto às cordas do meu violão é língua de labareda
                                        A7                         Dm
Que vem queimando tristeza, faiscando a solidão

É de fogo essa milonga, que chega tomando conta
Bb            A7
Se alastrando pelo coração, vem soprando suas brasas
Dm
Botando fogo na casa quando acende a chama da emoção
Bb
Voa a cinza do silêncio quando venta um sentimento
A7 Bb
Junto às cordas do meu violão é língua de labareda
A7 Dm     D7
Que vem queimando tristeza, faiscando a solidão

Gm7      C7
(Ilumina minha noite quando sai
F7+ Bb7+
No vermelho desse fogo ela me atrai
Em7 G/A A7/9   Dm   D7
Na fumaça da milonga é que eu procuro teus sinais
Gm7       C7
Eu atiço essa milonga que se vai
    F7+ Bb7+
Incendiando meu lamento e tudo mais

Em7     G/A  A7/9   Dm
Milonga de chama viva faz arder meus fogueirais
Bb  A7
Milonga que de sonho é feita
Dm
Milonga que meu sonho esquenta
Bb      A7      Dm
Milonga vai queimando lenta sem se apagar
Bb   A7
Milonga que meu fogo inventa
Dm
E o fogo sempre mais aumenta
Bb    A7 Dm
[Eu jogo a minha lenha seca pra te ver queimar])
( ) [ ] [ ]

Na alma e na voz



(E7+    F#m4/7    G#m7    F#m4/7    A/B)

E7+
Existem paixões afogadas nas sombras da vida
F#m4/7
Existe uma lua perdida na escuridão
G#m7                                         A
Existem luzeiros tristonhos de estrelas caídas
  A         G#m7       F#m4/7   E          A/B    
Existem crianças feridas de armas na mão

E7+
São tantas razões engasgadas por causa da força
F#m4/7
Eu vi multidões retirantes à margem do bem
G#m7                                         A
Eu vi a esperança escondida nos olhos da moça
   A      G#m7       F#m4/7    E           A/B A5+/B
E mísseis pintando nos ares um céu de ninguém

     A                                   B/A
Existe uma taipa gigante no açude do mundo
       G#m7                             C#7/9-   C#7
De onde dois olhos procuram o mesmo que nós
    F#m4/7                                 A/B    
Aquilo que Deus idealiza nas bênçãos e preces
       F#m4/7            A/B                E                  
É o sonho que todos semeamos na alma e na voz

(E7+    F#m4/7    G#m7    F#m4/7    A/B)

E7+
Um sonho contempla partido o sangue das guerras
F#m4/7
Os povos chorando um pranto de ácido e sal
G#m7                                   A
Um sonho bonito revoa beijando as estrelas
    A           G#m7      F#m4/7       E        A/B
Buscando no céu da amizade seu mundo ideal

            E7+
Se as armas e os homens calassem seus gritos de morte
      F#m4/7
E ao som de um violão adoçassem os seus temporais
    G#m7                                       A
O sonho parceiro seria bem mais do que um sonho
   A         G#m7    F#m4/7     E        A/B  A5+/B
Seria um beijo do mundo na boca da paz


     A                                   B/A
Existe uma taipa gigante no açude do mundo
     G#m7                                  C#7/9-  C#7
De onde dois olhos procuram o mesmo que nós
    F#m4/7                               A/B    
Aquilo que Deus idealiza nas bênçãos e preces
  E                F#m4/7                      G#m7                                            
É o sonho que todos semeamos na alma e na voz…

     A                                 B/A
Existe uma taipa gigante no açude do mundo
       G#m7                          C#7/9- C#7
De onde dois olhos procuram o mesmo que nós
    F#m4/7                                A/B    
Aquilo que Deus idealiza nas bênçãos e preces
       F#m4/7            A/B                 E                  
É o sonho que todos semeamos na alma e na voz

(E    F#m4/7    G#m7    F#m4/7    A/B)

Jogando Truco



Gm                                  A7       D
Eu venho lá da fronteira com as quarenta na mão
                                              Gm
Para ensinar-lhes o truco nos versos desta canção
                                  A7     D
Quando se joga de mano, ou seja, só entre dois.
                                                 Gm
Quem corta sempre é o mão, pra dar as cartas depois.

                  Fm         G7           Cm
Pra começo de conversa veja se tem pro primeiro
                   A7                     D
Agregando vinte pontos com duas do mesmo pêlo.
                  Cm                     Gm
É Envido! Não facilite, vinte e nove é morredor
                         D (D# D D#)            G
Se for três do mesmo naipe, diga um verso e cante flor!

                                     A7      D
Joga-se muito entre quatro, famoso jogo de dupla
                                                     Gm
É bom que quem joga pouco tem sempre em quem por a culpa
F                E7                          Am
Espadão e Ás de basto, sete de espada e de ouro.
    Cm                 Gm             D7        Gm
As quatro que não se empardam e não levam desaforo

G                                              A7    D
Os três e os dois em seguida, os Güeime e o valente rei
                                           Gm
Pra esse nunca se mente e isso no truco é lei
F                E7                          A7
Uma perninha é mutuca, sempre tira boi do mato
  Cm                Gm         D
Com Manilha meta "TRUCO!" dispare do Vale quatro...

                                   A7     D
Meia dúzia de parceiros 12 tento é a virada
                                                G
Na testa ninguém se empresta e quem chama é o pé na rodada
F                       E7                            A7
Primeiro se aprende as regras, depois se aprende a mentir
Cm                 Gm               D       G
Se cuidem dos Calaveiras que eles andam por aí

                                  A7   D
Fica o último recado deste gaucho payador
                                           Gm
Quem tiver azar no jogo está com sorte no amor
F                   E7                                Am
Façam seus jogos senhores quem se arrisca aprende a manha
Cm                    Gm             D7         Gm
Como é no truco é na vida quem não aposta não ganha

Jeito Gaúcho


C7M(6)/G
Esse meu jeito gaúcho tá no violão
Am7
Em cada fio de bigode, no aperto de mão
Dm7(9)     Dm7(9)/A   Dm7(9)         Dm7(9)/A
Tá no amargo do mate, tá no afago do catri
G7(9/11)               G7(b9)
Na poesia e na canção (na cancão)

C7M(6)/G
Meu povo encontra aconchego na beira do rio
Am7
A gente sente saudade de alguém que partiu
Dm7(9)        Dm7(9)/A   Dm7(9)         Dm7(9)/A
O sentimento que trago, sei que não devo chorá-lo
     G7(9/11)       G7(b9)
Devo ri-lo, devemos ri-lo...

F7M           F#°     Em      A7(b5/9)
Esse é o meu jeito gaúcho de ser
Dm7(9)
Generoso eu sou
G7(9/11)       G7(b9)         F7M
Sei que pra colher tem que plantar
      F#°     Em      A7(b5/9)
Nesse solo sagrado
        A7(b5/9)     Dm7(9)
Que um índio nos regalou:
    G7(9/11) G7(b9) G7(9/11) G7(b9) G7(9/11) G7(b9/13)
Foi Deus!(Obrigado meu patrão, pelo meu povo e o meu chão)

Esse meu jeito gaúcho...

Fronteira Seca



Em
Fronteira seca donde o marco ronda a linha
                            C      B7
E égua madrinha ao cruzar bate campana

De Masoller a Punta Upamaroty
                                            Em
Se estendem Â"asíÂ" rastros de tropas, Sant'Ana

Fronteira seca donde a vida do chibeiro
                        C       B7
Abraça a sorte no rumo do contrabando

E algum Â"cuatrero matrero de policiaÂ"
                                       Em
Não se anuncia e ao trote largo vai cruzando

 C
Nesta fronteira, alma pampa que se adoça
                                       Bm
Donde retoça na campanha e no Â"puebleroÂ"
                                 Bbm    Am
Uma cordeona que se Â"alumbraÂ" num relincho
       B7                                   Em
Nestes bochinchos de poncho, adaga e sombreiro

        B7                  Em      
Fronteira seca, louca de buena
        B7                    Em
Fronteira seca, flor de campeira

Em
Fronteira seca do saludo arrinconado
                            C       B7
Donde cochila tradição pra um guitarreiro

E o gaiteiro estufa o peito apaysanado
                                      Em
Num Â" a la puchaÂ" abagualado de faceiro
 C
Nesta fronteira dos campos engordando o gado
                                 Bm
Pelos janeiros com mormaços de verão
                              Bbm     Am
Donde a saudade no entreveiro do sotaque
            B7                     Em
Encilha um mate e desencilha a solidão!

Fim de Mês



Intro: A9  A  G#m7  G7(5-)  F#m7  A/B  E9  F(5-)/E

E                   E4
Fim de mês, é minha vez,
F#m4/7/E              E
Outra vez ao teu encontro estou indo.
Bm6          E             A7+
Pra rever o teu sorriso infindo,
F#7                                   F#m7            A/B
E também beijar os teus lábios tão lindos.

Fim de mês, estou feliz,
Os meus rumos cantam, o coração me diz.
É chegada a hora de bandear aquela estrada,
Pra poder rever a minha namorada.

F#m7              A/B       E9
Não sei viver sem tua cantilena,
F#m7              A/B           Bm6     A#7(5-)
Morena linda que é meu bem querer.

A7+       B/A          G#m7           C#m7
Tudo que eu preciso são tardes de domingo
F#m7      B7       Bm6   A#7(5-)
Aflorando nosso conviver.
A7+       B/A          G#m7           C#m7
Tudo que eu preciso são tardes de domingo
F#m7  G#m7  A7+  B7    E9              F(5-)/E
Aflorando nosso conviver.

(Intro)

Toda vez que estou por vir,
A saudade é um campo que não tem mais fim.
Teus anseios são gorjeios em serenata,
Festejando a anunciação das madrugadas.

Feito o Carreto



                      Em
Meu compadre toca essa milonga nova feito nego veio
                                                  B7
Meu compadre trova que o dedo de prosa anda mixuruca

Meu compadre abraços tocando pro gasto ta feito o carreto
                                                     Em
Não to nem aí não sou de me exibir eu sou de Uruguaiana

Em
Meu compadre volta que a Santana velha ainda te espera
                                                             B7
Meu compadre estive em Passos de Los Libres “chibeando” um pouco

E me fiz de louco pra juntar uns trocos e passar na aduana
                                                       Em
Mortadela, queijo, azeite, papa doce e uns sacos de farinha

Em
Meu compadre eu posso milongueando uns troços te alcançar um mate
                                                   B7
Nosso buenas tardes teve o mesmo pátio a mesma cidade

Somos companheiros, somos milongueiros, somos regionais
                                                  Em
Somos que nem peste da fronteira oeste como nossos pais

Em   D  C   B7  Am   G   B7 Em
  E não há mal   que sempre dure
Em   D  C   B7 Am     G   B7  Em
  E não há bem  que nunca acabe
Em   D  C   B7  Am   G   B7   Em
  E não há mal  que sempre dure
Em   D  C   B7 Am     G   B7  Em
  E não há bem  que nunca acabe

Am7   D7   G                C        Am7   B7      Em            E7        Am
              "Há seu tocador de rádio eu queria tanto mandar este recado
D7                   G    C               Am7        B7        Em
Para o meu compadre que está aquerenciado na alma do meu violão"

Eu, o Baio e o Temporal



Dm
O enfurecer do vento
          Dm7M(9)
A inquietação da bicharada
Dm                     Dm7M(9)          B7M
A viração que levanta a poeirama da estrada
C9                      Dm
Ao meu cavalo não diz nada

Dm                  Dm7M(9)
A reclusão dos paisanos covardes com a vida atada
Dm
O uivo da ventania
                Dm7M(9)   B7M
A chuva vindo guasqueada
C9                     D
Ao meu cavalo não diz nada

D7M              G
Cruzo o campo buscando a paz
    D7M                     G
Em meio a fúria louca dos temporais
Bm                      Bm7/A
Emudecendo os rastros deixados pra traz
G             F#m             Em  A7      D
Sigamos eu, o baio, a chuva, raio e nada mais

( D A/C# Bm7 A7 D A/C# Bm7 A7 G Em G A7 Dm Dm7M(9) )

Dm
Com alma de nuvem clara
 Dm7M(9)
Calma de água empoçada
Dm                            Dm7M(9)         B7M
E ânsia de seguir o vento no dorso das invernadas
C9               Dm
Faço no tempo morada

Dm
Feito um fantasma sem rumo
     Dm7M(9)
Cortando a várzea encharcada
Dm                         Dm7M(9)             B7M
Com descaso da enxurrada que leva a terra por nada
C9                 D
Faço no tempo morada

D7M              G
Cruzo o campo buscando a paz
        D7M                             G
Nem que corte a pele o frio que nos castiga
     Bm                            Bm7/A
E o baio não nega um passo nem com água até o pescoço
         G   A7
Cancha antiga
       D
Sangue moço

D7M              G
Cruzo o campo buscando a paz
    D7M                     G
Em meio a fúria louca dos temporais
Bm                      Bm7/A
Emudecendo os rastros deixados pra traz
G             F#m             Em  A7      D
Sigamos eu, o baio, a chuva, raio e nada mais
G             F#m             Em  A7
Sigamos eu, o baio, a chuva, raio
G             F#m             Em  A7      D
Sigamos eu, o baio, a chuva, raio e nada mais