domingo, 5 de junho de 2011
O Tombo
Am
Apartou-se da tropilha um zaino, crina comprida
G
Num galope de alvoroço foi debochando da lida
F
Esbarrou junto das tábuas na terra do mangueirão
E Am
Deu cara-volta pro povo batendo um casco no chão
Am
Armaram-se as rodilhas, argolas e seus mandados
G
Couro de boi tento a tento nas mãos do negro trançado
F
Um a um ganhou o ar zunindo sobre os chapéus
E Am
E um reboleio de laços pra terminar o tropel
Am Am F E
Alguém de longe gritou, fez farra com o tirador
E Am
E o zaino escarceando crinas, largou do seu partidor
G C G C
Primeira armada no chão, a segunda quase pega
F E
Terceira foi um buraco juntando potro e macega
Dm C E7 Am
Terceira foi um buraco juntando potro e macega
Am
Foi como botar com a mão a armada do capataz
G
Cerrou na volta dos pulsos e é bem assim que se faz!
F
E o potro virou de volta trocando sua condição
E Am
Quem derrubou tanta gente hoje conhece o chão
Am
Depois ergueu-se uma poeira e terminou o tropel
G
E o capataz na outra ponta acomodou o chapéu
F
Quem não viu, ouviu de longe laço tinindo e um estouro
E Am
E o tombo foi o encontro da terra bruta com o couro
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