Tom: C
Am Dm
No dia-a-dia da estância quando enfreno pra lida
G7 C E7
As léguas são mais compridas ao se dizer campo afora
Am Dm
Com o tinido da espora componho coplas ao tranco
G7 C E7
Pra demonstrar quando canto o campeirismo que aflora
Am Dm
Tordilha, negra, cabana, de “visitá” o chinaredo
G7 C E7
Guarda consigo segredos da doma e do arrocino
Am Dm
Sabendo por próprio tino que se do boi cruza o rastro
G7 C E7
Há um taura firme nos bastos e um laço no seu destino
A C#m Bm A7
(De a cavalo sigo ao tranco assoviando uma milonga
Dm G7 C E7
Remoendo coisas da vida pra outros dias que vêm
F E7
Repontando algum anseio desgarrado do rodeio
Am
Ou da ternura de alguém.)
Dm
Nas lidas manejo o freio conforme a volta do dia
G7 C E7
A repontar melodias e os mais terrunhos floreios
Am Dm
Seja num simples ponteio de um pica-pau na tronqueira
G7 C E7
Ou num clarear de boieira quando a noite se anuncia
Am Dm
E ao findar outro dia de talareio de esporas
G7 C E7
Repouso a esperar a aurora pra encilha de um bom cavalo
Am Dm
Pois a estampa que falo de gauchada campeira
G7 C E7
Se encontra lá na fronteira milongueando campo afora
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