Homens e Chuvas

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Faz dias que eu sinto esse vento norte
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de inquieto e inconstante varrendo a paisagem.
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A chuva se faz anunciar feito a sorte
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quando são escassas aguada e pastagem.


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João grande solito na varzea pousado
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o gado se ajunta pra la do rodeio
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cavalos nas sombras suando parados
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e a estancia se apronta que vem tempo feio.


Gm
É escuro pro lado em que a chuva começa
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e vem levantando esse cheiro de chão
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o peão da invernada retorna com pressa
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buscando o abrigo fiel do galpão.



(refrão)
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O mundo estremece o trovão é quem canta
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o raio recorta da tarde um pedaço
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o campo se ajoelha o céu se levanta
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e o vento da chuva reponta o mormaço
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o céu se levanta e o vento da chuva reponta o mormaço.

Gm
Nas velhas que benzem tormentas e almas
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com nacos de sal sobra um velho balcão
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a fé se debruça o vento se acalma
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e a chuva se amança molhando o rincão.
Gm
O homem levanta o chapéu e bombeia
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o pasto rebrota e venteza denovo
F7
e a chuva que chega na seca é feia
Bb_________________D7__________Gm
mas feita a esperança nos olhos do povo.

(refrão)