Apeio, peço licença,
E por milonga “abro” o peito;
Pra que conheçam cantando
Porque me chamo respeito...
Am
Vivo na trança do laço
F
Pela consciência do couro,
F#º
E entre argola e presilha
BØ E7
Sou o limite pra um touro;
Am
Quando no viço da cincha
F
Firmando o corpo o cavalo,
F#º
Ou junto à ‘boca’ da armada
BØ
E7
Que vem ’sorrindo’ pra um
pealo.
Dm
Venho ‘abraçado’ no pulso
G7
Nos mandos da mão campeira,
C
Quando ‘reparto’ meu mundo
Am
Entre o fiel e a soiteira;
BØ
Mais firme se algum matreiro
E7
Por suas razões se retrata,
F
Ou brando quando o motivo
BØ E7
Convida a ‘bater na marca’.
EØ A7
Dm E7 Am
Habito no olhar do antigo
Dm E7 Am
De quando estende sua mão
Dm G7 C
Pra o novo, que com carinho,
Dm G7 C
Num beijo pede benção;
Dm
Um manuscrito de vida
Am
Que o próprio tempo nos
lavra,
F
Antes de um fio de bigode
F#º E7
Sacramentar a palavra.
Dm G7 C F
Antes de um fio de bigode
BØ
E7 Am
Sacramentar a palavra. (2ªX)
Am
Durmo no instinto da faca
F
Por onde o medo se ‘aninha’,
F#º
Se me despertam com gana
BØ
E7
Do couro cru da bainha;
Am
E antes num aço de adaga
F
Já redobrei meu valor,
F#º
Quando nas mãos da coragem
BØ E7
Fiz ‘casa’ de um sangrador.
Dm
E junto ao ‘céu’ dum palanque
G
Frente à inocência dum potro,
C
Que teme os passos e a sombra
Am
De quem ‘golpeou’ tantos
outros;
BØ
Pela verdade no ofício
E7
Que o campo revela inteiro,
F
Pois num cavalo ‘de lei’
F#º E7
Sou eu bem junto ao campeiro.
E A7
Habito no olhar do antigo...
Me despeço por milonga
E alço a perna a meu jeito;
Que a todos mostrei cantando
Porque me chamo respeito...
Por: Edilberto Teixeira
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