domingo, 5 de junho de 2011
Daquele Galpão da Infância
E
Aquele galpão de quincha,
A
Boceja no entardecer,
B7
Com voz de graveto seco,
Com ronco de mate bueno,
Com cheiro de graxa fina,
E
Lambuzada nos aperos
Aquele galpão de quincha,
A
Tem as contas dos rodeios,
B7
Guarda a impressão dos olhares,
Vermelhados de brasedo,
Mira o feitiço do fogo,
E
E o seu fogo é feiticeiro
A
Emoldura a lua branca,
E
Pra o quarador dos potreiros,
F#7
Janela de sol nascente,
B7
Rumbiando ao amanhecer,
A B7
Jeito de abraço amigo,
E
A quem muito se quer bem
Há coisas de velho contando,
Nas longas noites de inverno,
Destes campeiros que falam,
Como de avô pra um neto,
E nos ensinam as volteadas,
Do que é errado e o que é certo
E
Descaso de picumã,
A
Quando o verão é fornalha,
B7
Troca de pouso tua gente
Pra sombra de uma ramada,
Mas ficas de pronto nas rondas,
E
Pros golpes da madrugada
Mas tem uma coisa nele,
A
Que eu não sei explicar,
B7
Pois ao guardar minha infância,
Resguardou o meu lugar,
Pôs sem querer sua saudade
E
No meu jeito de cantar
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